top of page

PSICO: A OBRA-PRIMA DO TERROR BASEADA EM UMA HISTÓRIA REAL

ree

Poucos filmes mudaram para sempre a forma de se fazer terror no cinema como “Psico” (Psycho, 1960), de Alfred Hitchcock. A icônica cena do chuveiro, o suspense psicológico e a figura perturbadora de Norman Bates transformaram o longa em uma referência definitiva do gênero. Mas o que poucos sabem é que a origem dessa história não nasceu apenas na imaginação do escritor Robert Bloch — autor do livro homônimo que inspirou o filme —, e sim em um caso real, macabro e chocante: Ed Gein!

 

Edward Theodore Gein nasceu em 1906, em Plainfield, Wisconsin (EUA), e cresceu em um lar dominado por uma mãe fanática religiosa e autoritária. Augusta Gein, sua mãe, pregava que todas as mulheres — exceto ela — eram pecadoras e instrumentos do diabo. Essa relação doentia e sufocante moldou a mente de Ed de forma irreversível. Após a morte desta, em 1945, Ed ficou completamente isolado, vivendo em uma fazenda afastada, onde começou a alimentar um fascínio mórbido por cadáveres. Passou a desenterrar corpos de mulheres que o lembravam de sua mãe e a utilizar partes dos corpos para confeccionar objetos, como máscaras de pele humana, luminárias, e trajes femininos feitos de pele. - Quando a polícia finalmente descobriu seus crimes, em 1957, encontrou em sua casa um cenário indescritível: crânios usados como tigelas, rostos pendurados nas paredes, órgãos conservados em frascos e móveis revestidos de pele humana.

 

O escritor Robert Bloch, que vivia em uma cidade próxima à de Gein, inspirou-se diretamente nesse caso para criar Norman Bates, o dono do fictício Bates Motel. No livro (e depois no filme), Bates é um homem tímido e retraído, dominado pela presença sufocante da mãe — mesmo após a morte dela. Assim como Gein, Norman sofre de um transtorno dissociativo, acreditando ser a própria mãe em certos momentos.

 

Hitchcock viu no romance de Bloch uma oportunidade única: um terror não sobre monstros sobrenaturais, mas sobre a loucura humana e o horror que pode habitar dentro de qualquer pessoa.

“Psico” revolucionou o cinema não apenas pela narrativa, mas por suas quebras de expectativa — como a morte da protagonista logo no início e o suspense construído pela música de Bernard Herrmann. O resultado foi um marco cultural: o nascimento do terror psicológico moderno.

 

O caso Gein não inspirou apenas Psico. Sua história se tornou a base para diversos ícones do terror:


  • Leatherface, de O Massacre da Serra Elétrica (1974), carrega o uso de máscaras de pele humana e o ambiente rural isolado.


  • Buffalo Bill, de O Silêncio dos Inocentes (1991), também se veste com pele de suas vítimas, num claro eco de Gein.


  • E, claro, o próprio Norman Bates, reimaginado em séries e filmes modernos, como Bates Motel (2013–2017), que aprofunda a origem da relação doentia entre mãe e filho.


Essas obras, embora fictícias, continuam refletindo o horror que Hitchcock já havia revelado em 1960: o mal pode surgir não em monstros, mas em pessoas aparentemente comuns.

 

“Psico” é muito mais que um filme de terror — é um retrato da psicose humana, um espelho daquilo que a sociedade teme enxergar: a loucura, o isolamento e a distorção da moral. A figura de Ed Gein, que realmente existiu, permanece como a raiz oculta de todo um gênero, lembrando-nos de que, por trás dos clássicos do horror, há sempre um reflexo perturbador da realidade.

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
Ativo 28.png
Ativo 30.png
Ativo 2.png

A Revista Cidade Poesia é uma mídia jornalística com foco na cidade de Bragança Paulista, fundada no ano de 2015. Sua revista digital está integrada a este portal de notícias, além de comportar um sistema publicitário digital para maximização da divulgação de empresas.

conbla.png

reconhecimento:

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn

Envie-nos sua mensagem:

Obrigado pelo envio!

Desenvolvimento:

Revista Cidade Poesia / Sociedade Publicitária OnLine

© 2025 por Adrian McCoy - Comunicação

Todo este portal, revista, publicações, design, diagramação e redação são totalmente produzidos pela “Adrian Mcoy – Comunicação”, uma agência com vinte anos de atividade e que atende todo o território nacional. A empresa tem ênfase em publicidade e jornalismo, oferecendo serviços em publicidade, marketing digital, websites e identidade visual.

bottom of page