Entre o povo e as redes
- Lincoln Xavier

- 10 de set.
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Atualizado: 10 de set.

São 81 senadores em Brasília, donos de mandatos longos, salários altos e poder político decisivo. Mas, nas redes sociais, onde a política se encontra com a vida real, a maioria deles simplesmente não aparece.
Um levantamento mostra que, de janeiro a agosto de 2025, os senadores somaram 247 milhões de interações no Instagram. O número impressiona, mas esconde um dado ainda mais revelador: apenas cinco parlamentares concentram 70% de toda a movimentação digital da Casa. No outro extremo, há senadores com baixa performance: Romário, com 4,3 milhões de seguidores, engaja menos de 1% da sua base. O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, fez média de apenas 0,16 post por dia e perdeu seguidores no período. Casos que revelam como presença não significa influência.

A fórmula da autoridade digital vai além de acumular seguidores. É a soma de base ativa, engajamento proporcional, eficiência por publicação e narrativa política. Sem isso, o Senado continua distante das redes e, por consequência, do povo. Quem pauta debates e engaja com autenticidade conquista relevância. Quem apenas acumula seguidores sem diálogo real, perde espaço na arena digital.

Lincoln Xavier é estrategista em marketing político, com experiência comprovada em mandatos e eleições. @linkdolincoln




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