Mr. Zamper: Um mito do jornalismo bragantino.
- Adrian Mcoy
- há 2 dias
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Nascido em 1953, Sebastian Francisco Zamper é um ícone do jornalismo bragantino, já tendo sido dono de jornais, revistas, além de ter sido colunista em outras mídias. Juntamente a sua carreira, atuou também como cantor onde sempre promoveu seus próprios shows, em busca do sonho que sempre lhe perseguiu, dentro de um mundo que ele mesmo criou.
Antes de tudo: Amo todos os bragantinos, porque todos me ajudaram; em meu jornal, em minha revista. Eu comecei minha carreira com um objetivo principal: Conhecer Roberto Carlos! - Então, bolei uma coluna: Brasil Society Night. Assim surgiu meu pseudônimo “Mr.Zamper”. Nessa coluna eu inseria fotos com os artistas e, quando a revista chegava, eu a enviava a esses artistas. Com isso conheci Roberto Carlos em 2001. Depois disso conheci Eros Ramazzotti, Mick Rucknall do Simple Red, Gloria Estefam, Vanderleia, Erasmo Carlos; eu ultrapassei limites! Fui muito além de Roberto Carlos.
Após essas coisas, tudo virou uma bola de neve: Conheci tudo que é pagodeiro, sertanejo; tudo o que é cantor e cantora! A Elba Ramalho é minha amiga! Passei a conhecer também prefeitos, governadores, presidentes! É como eu digo: O jornalista tem o quarto poder do mundo! Com uma credencial você entra até em casas de presidentes! Parece piada, mas não é.
Eu sempre gostei muito de cantar! Sempre cantei e comecei a imitar o Roberto Carlos em 1967 e fiquei por 4 anos em 1º Lugar na Rádio Bragança, programa “Infanto-Juvenil” com Luis Carlos de Oliveira, onde usávamos ainda aqueles microfones quadradões. Sempre atuei no mundo social e artístico e sempre colocava empresários junto a artistas e esses então ficavam se achando o rei da cocada preta.
Entrei para uma revista em São Paulo, de Manuel Costa, propondo a ele o seguinte: Ele me dava uma página na revista e eu lhe garantia conseguir R$4.000,00 em publicidade. Aconteceu que logo na primeira já consegui R$8.000,00! Andava vinte firmas por dia a pé! Sempre fiz isso! Consegui assim duas páginas nessa revista! Fiquei rico com isso! Cheguei até a alugar um apartamento todo mobiliado. A minha renda era muito alta, mas eu nunca extravaguei! Nunca gastei com mulheres, bebidas, nada! Eu vivia bem, eu comia bem; gostava de lagosta, camarão e pizza.
São tantas emoções! Tive muitas namoradas, casei duas vezes e tenho um filho, mas não é de nenhuma das mulheres com que casei e não tenho mais contato com ele. A renda que obtive em minha carreira eu investi em mim mesmo, nas promoções dos meus shows. Sempre divulguei as expoagros de Bragança! Nelas eu fazia shows e lá também visitava os artistas. Minha renda sempre veio de publicidade, mas muitas vezes não era nada fácil. Meus amigos jornalistas da época sabem disso: O João Marcelo (o bochechinha), o Paulo Alberti (que me ajudou muito) e o Vidiri.
A partir do momento em que você tem o dom de fazer as coisas para as pessoas você não precisa detonar ninguém. Eu sempre falei bem das pessoas, porém, quanto a alta sociedade, existem coisas que se eu falar sai até morte! Em revistas ou jornais não sai o que a gente quer! Sai o que “eles” querem. O peso da caneta é muito forte! Você pode derrubar uma pessoa ou levantar. Eu prefiro levantar.
Hoje estou na Vila São Vicente de Paula, mas antes eu me encontrava no bairro do Cruzeiro até o dia em que fui assaltado. Pedi então uma ajuda ao meu amigo, o prefeito Fernão Dias. Ele entrou em contato com Ditinho Bueno, presidente da Vila, e ele me recebeu muito bem! Ele é muito bom pra mim. Já faz mais de um ano que estou aqui. Não sou proibido de sair, mas não tenho vontade nem de ir na porta, pois aqui estou seguro; eu tenho medo.
Continuo agora fazendo os meus shows! Já fiz alguns aqui mesmo e ainda mantenho contato com meus amigos celebridades. Da atualidade, gosto muito daquele menino, o Luan Santana, e acho que vou até tirar aquela música “Escreve aí” para cantar.
Sou feliz do jeito que sou! Você precisa ter muito amor na arte que faz, e eu sempre gostei da arte que fiz.
Em memória do saudoso Sebastian F. Zamper - Jornalista
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