João Raposo
- Adrian Mcoy

- 17 de jun.
- 4 min de leitura

A coluna desta edição está bem ecumênica. Abordo de tudo um pouco, afinal, a vida anda tão cheia de coisas que achei difícil escolher apenas um tema. Vamos, portanto, cutucar várias onças, e não apenas uma. Graças ao bom Deus, com o fim do Carnaval, agora o ano começou de verdade, aliás, acho que o governo deveria mudar o Réveillon para o último dia de fevereiro, assim ficava oficial que o ano no Brasil começa em 01 de Março. E já que o ano começou, mãos à obra!
Muito além da China!
O mundo está cada vez mais globalizado e egocêntrico. Hoje, pela internet, acessamos qualquer coisa e fazemos comércio com grande parte dos países. Você provavelmente já tenha ou conhece alguém que já comprou alguma coisa diretamente de outro país através de um desses milhares de sites de compras que existem por aí. Eu, mesmo já fiz compras diretamente da China e o que mais me chamou atenção é que, ao rastrear o envio da mercadoria, vi que ela chega em apenas 4 ou 5 dias no Brasil (normalmente a chegada é em Curitiba-PR, onde há um posto aduaneiro) e depois, pasme, leva entre 2 a 4 “meses” para sair de Curitiba e chegar à sua casa! Ou seja, a China é bem perto de nós, mas Curitiba é longe “pra buuuurro”! Claro!
Óbvio que isso acontece devido aos trâmites burocráticos e alfandegários, mas isso mostra quanto o custo Brasil é caro. O empresário importa e vê sua mercadoria parada por meses até poder por a mesma em circulação. Isso encarece o produto e quem paga isso é a gente! O Brasil talvez tenha o trâmite burocrático mais lento do mundo. Talvez só o governo brasileiro é que consiga esta “proeza”. E quero crer que os Correios também sejam vítimas desta burocracia alfandegária, caso contrário, é outro também que colabora para transformar a cidade de Curitiba em uma bem mais longe do que a China.
Portanto, da próxima vez que você ouvir aquela velha expressão que “isso é longe prá burro, isso é lá na China”, mude para “isso é lá em Curitiba”, sem dúvida nenhuma é muito mais longe.
Um nome errado
Outro fato que chamou bastante a atenção nesses dias foi “mais um” desmoronamento ou desabamento da ciclovia lá no Rio de Janeiro que liga os bairros do Leblon e São Conrado. Confesso que já perdi as contas de quantas vezes aquela ciclovia, que os cariocas tanto amam, desabou. Novamente uma parte dela não suportou mais uma ressaca do mar e ruiu, desta vez sem deixar vítimas (da outra vez, em 2014, duas pessoas morreram, lembra-se?).
O mais interessante ou intrigante é que a tal ciclovia leva o nome do falecido cantor Tim Maia, e confesso que nunca vi um nome tão inapropriado para uma obra, afinal, Tim Maia não era esportista, provavelmente nunca subiu em uma bicicleta, e ele, ao contrário dessa ciclovia, aguentava muita “ressaca”!
PORTE OU POSSE DE ARMAS
Novamente vem à tona e questionamentos são feitos sobre a grande facilidade para se comprar armas nos Estados Unidos (por aqui o estatuto do desarmamento, praticamente, tornou quase impossível a compra devido às burocracias e proibições que ele criou). Esse assunto veio à tona com a ocorrência de mais uma chacina em uma escola norte-americana, desta vez na cidade de Parkland, na Flórida, onde um ex-aluno saiu atirando em todos que viu pela frente, desta vez causando a morte de 17 pessoas.
Apesar desse caso e de vários outros que já ocorreram pelos lados da terra de Trump, Raposão ainda acredita que por aqui a população brasileira deve ter o direito de se armar, pois hoje o que ocorre é que os bandidos tem a certeza de que a vítima está desarmada, além das pessoas que residem distante dos grandes centros ou das cidades, especialmente as que residem nas zonas rurais, estão totalmente desprotegidas e a mercê da sorte. Enfim, esta é uma opinião pessoal e sei que pode causar grande polêmica.
A verdade é que o desarmamento das “pessoas de bem” desse país, pune justamente um lado que deveria estar armado, pois o outro lado, o lado dos bandidos, a arma é “ferramenta de trabalho”, e eles jamais vão deixar de portar ou de ter. Ou seja, o Estatuto do desarmamento agiu mais ou menos assim: - Para evitar que motoristas sóbrios morram em colisões com motoristas bêbados, basta proibir os motoristas sóbrios de dirigir.
FINALIZANDO...
Queria deixar aqui duas coisas: uma homenagem e uma frase. A homenagem vai para a minha mãe, “Dona Clarisse”, que faleceu logo após a edição anterior desta revista ser publicada. Sem dúvida alguma foi uma perda que até hoje ainda não assimilei, mas Deus há de me dar cobertor para este frio que hoje assola minha alma. Já a frase que vou deixar aqui é uma das minhas preferidas e, na verdade, está mais para um conselho de vida:
“Precisamos tão pouco para sermos felizes. O problema é que precisamos de muita experiência para compreendermos isso”.
Em memória do saudoso JOÃO JOSÉ RAPOSO DE MEDEIROS JÚNIOR - advogado, cronista e colunista.




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